quarta-feira, 4 de maio de 2011

Candido News Número 12

EDITORIAL

O Candido News neste número trata de um assunto que afeta diretamente cariocas e niteroienses: o verão. A estação mais esperada e agitada do ano, terminou a pouco e já deixa saudades, com suas temperaturas sempre elevadas. Nesta edição os alunos do terceiro período do Curso de Comunicação Social realizaram várias pesquisas e trouxeram um pouco da efervescência cultural e social da estação mais solar e iluminada do ano em Niterói.

Conheça os locais que oferecem “lazer” no verão

Lucas Lima Costa e Silva


O Mac é uma das opções de lazer no verão em Niterói
Niterói reúne vários pontos turísticos atrativos ao lazer. Fazer um “tour” pelas paisagens paradisíacas da cidade é garantir entretenimento certo. As opções de lazer no verão são variadas, a começar pelo Museu de Arte Contemporânea (MAC), que faz exposições de quadros, exibe filmes, promove encontros entre professores, além de ser uma ótima “diversão”. As opções de visita a museus são variadas, já que além do MAC, Niterói possui mais quatro museus.

O verão é escaldante, e para compensar todo o calor, há diversas praias a se visitar, como Icaraí, que serve de palco para grandes eventos da cidade como o “Réveillon”, além de Itacoatiara, Charitas, Itaipu e Piratininga, onde foi realizado o projeto Energia Na Praia, lançado pela Distribuidora Ampla. Houve recolhimento do lixo pela população, em troca do lazer nas areias, com direito a empréstimo de materiais como prancha de surfe, cadeira, mesinha, além de atividades como massagem e aulas de surfe. A prática de atividades físicas, contribuiu para uma boa saúde e no verão aumentaram os adeptos da prática de esportes, e clubes e lugares destinados ao lazer são os mais escolhidos por esses adeptos.

Niterói é um dos lugares aonde o lazer vem ganhando espaço. O complexo esportivo Caio Martins, por exemplo, já foi palco de dois campeonatos mundiais de basquete, além de sediar outros eventos esportivos, que dão destaque à cidade, e também oferece natação e aulas de esportes gratuitas. E juntar equilíbrio, aventura, emoção, em cima de uma corda bamba, não é só coisa de circo. Chama-se Slackline, uma nova modalidade esportiva que vem fez sucesso durante toda a estação, praticada em cima de uma corda bamba, presa a dois pontos fixos, e que teve como cenário a praia de Itacoatiara em Niterói. Dentre tantos outros pontos importantes para o lazer, destaca-se por último o Parque da Cidade, uma área de preservação ambiental, que permite relaxar e praticar o voo livre, além da visão panorâmica que da cidade.

A evolução da moda praia
A indústria da moda chegou à praia

Andréa Santa Rosa Curi

Há mais de 60 anos, foi criado um novo traje de banho, o biquíni. Inventado pelo estilista francês Louis Réard e batizado com esse nome em homenagem ao pequeno atol de Bikini, no Pacífico, o biquíni foi a primeira revolução no que diz respeito à moda praia.

Considerado um verdadeiro escândalo para a época, o biquíni não foi bem aceito no inicio, a igreja Católica chegou a banir o seu uso em países da Europa como a Itália, Espanha e Portugal, até que 10 anos após a sua criação ele foi imortalizado e popularizado pela atriz Brigitte Bardot ao usar um modelo vichy quadriculado com babadinhos no filme “E Deus criou as mulheres”. Com o passar dos anos, ele foi sendo cada vez mais visto nas telas dos cinemas e nos programas de TV. No Brasil, o seu uso chegou a ser proibido pelo então Presidente Jânio Quadros, porém no ano seguinte, serviu de inspiração para a criação da música Garota de Ipanema, ao ser usado por Helô Pinheiro nas areias cariocas. Após a atriz Leila Diniz ser fotografada grávida usando um de seus modelos bem pequenos, essa peça tornou-se o símbolo da libertação feminina.

Com o passar dos anos, o Brasil foi se tornando cada vez mais conhecido por seus modelos cada vez mais ousados, e, dessa forma, o modelo de biquíni brasileiro passou a ser adorado em todas as partes do globo terrestre. Hoje, podemos encontrar nas lojas uma variedade infinita de modelos e estampas, floridas, quadriculadas, listradas, liso, brilhante, fosco, transparente ou com tudo isso misturado. No que diz respeito ao modelo, a moda praia já passou por várias mudanças, começou com o maiô, depois veio o modelo “engana mamãe”, tanga, asa delta, fio dental, lacinho, enroladinho, adesivo, e hoje, nas lojas temos o que se chama “moda retrô”, que trouxe de volta modelos usados nos anos de 1950, 1960, 1970 e 1980.

Depois de anos da sua criação, ao final dos anos 90, já não era mais suficiente o uso do biquíni. A moda praia surgiu e então o traje de banho passou a vir acompanhado da saída de praia, das cangas, dos chinelos personalizados, das toalhas, das bolsas coloridas, dos óculos e dos chapéus. Criou-se um verdadeiro arsenal de acessórios indispensáveis para uma simples ida à praia, assim o Brasil passou a ocupar um lugar ainda maior no mundo moda e se tornou um lançador de estilos internacional, pois apesar de ter sido criado por um estilista francês, o biquíni brasileiro é conhecido e reconhecido internacionalmente. Nas lojas é possível encontrar desde calças bufantes para serem usadas como túnicas que chegam aos tornozelos à pequenas saias para completar esse look. O traje de banho brasileiro tornou-se referência mundial em modelagem, qualidade, estampa e design.

Por todo esse frisson, muitos empresários apostaram nessa vertente da moda e investiram pesado. Podemos encontrar no mercado modelos que são capazes de levantar os seios e o bumbum, tecidos de secagem rápida, que são capazes de impedir a proliferação de bactérias e outros que protegem contra raios ultravioletas. Os acessórios são uma mistura de tudo, rústico com brilho e até cordas.


Verão é proteção

Thais Dutra Heringer

Dentre todos os sinônimos de verão, como por exemplo: o sol, a praia e o calor, um que deve ser amplamente ressaltado é a saúde. E quando se fala em saúde, existem inúmeras formas de se cuidar para aproveitar bem a estação do ano que é tão bem vinda, mas que também pode trazer riscos.
Verão é proteção. A pele representa um dos fatores que mais trazem problemas nessa estação de temperatura elevada. E é devido a determinados descuidos, excesso de exposição solar, bloqueador não utilizado corretamente, que o verão pode virar indesejável.

Dicas que podem tornar dias quentes em proveitosos na medida certa, não devem ser dispensadas. Então é recomendado que se utilize sempre um filtro solar com fator de proteção solar (FPS) igual ou superior a 15, este é indispensável mesmo quando se está debaixo de uma barraca, pois parte da radiação ultravioleta reflete na areia e atinge a pele.

Proteger lábios e orelhas também é importante, pois estas regiões são afetadas de modo que a grande maioria dos cânceres de pele localiza-se na face, sendo assim deve se protegê-la sempre. Não é preciso estar na praia para se utilizar o protetor solar. Ele deve ser usado diariamente, pois o sol é responsável também por acelerar o envelhecimento da pele.

Se proteger através do protetor é essencial e indispensável, existem marcas, preços diversos, peles, quem pratica esporte no sol, pele sensível, oleosa, ressecada, para crianças, adolescentes, idosos, em gel, creme, livre de óleos, entre outros.

O sol além de representar o verão e tornar os dias mais longos, pode render muitos benefícios, pesquisas comprovam que este proporciona ao organismo a vitamina D, ele é responsável por garantir este nutriente ao corpo, fornecer o bronzeado que tantos anseiam, mas desde que isto seja feito com moderação. O ideal é se expor ao sol de preferência nos horários de manhã das sete horas até as dez e durante a tarde dezesseis horas as dezoito. Se é para pensar naquela cor de verão, que se pense saudavelmente, sem excessos, sobra mais tempo para curtir a estação e menos consequências desnecessárias.

  
Não vamos invadir sua praia

Tatiana Alves Ribeiro

Férias, sol, verão em Niterói, combinação perfeita para irmos à praia. Lugar onde as pessoas se encontram, independente da classe social, e têm um único objetivo, o lazer. Mas na praia é essencial respeitar o próximo e a natureza, que é sinônimo de educação.

Como toda praia tem seus adjetivos, as de Niterói não são diferentes, elas expressam o comportamento de seus frequentadores. Itaipu, por exemplo, é conhecida pelos moradores da RO (Região Oceânica) como a praia dos “farofeiros”. Para não gastarem dinheiro (já que tudo é muito caro) as pessoas levam a comida de casa, frango, arroz, maionese, enfim, a refeição completa, com direito a sobremesa. Já a praia de Itaquá (abreviação de Itaquatiara) é ideal para os surfistas, sejam eles amadores, profissionais.

Muita gente se preocupa com a alimentação adequada ao calor e também em entrar em forma. Antes da entrada do verão já correm para a academia, fazem exercícios e dieta, tudo para se exibirem nas praias, transformando as areias em verdadeiras passarelas para desfile. Para os homens solteiros é uma ocasião para atrair mulheres, mostrando o corpo escultural. Para elas é uma oportunidade de usarem o biquíni “fio dental” e causarem inveja em outras mulheres e claro, atraírem o sexo oposto.

A praia é lugar de socialização e de conscientização, a chance para agir em prol da natureza. Muitos banhistas deixam o lixo na areia da praia, prejudicando os frequentadores, como conseqüência pode ocasionar problemas de pele e há a possibilidade de ferir alguém. Já que o lixo deixado na areia pode prejudicar os banhistas e a vida marinha, pis é levado para o mar.

Crianças jogando areia no outros, banhistas sacudindo cangas e toalhas perto do “vizinho”, e aquelas pessoas que abrem a mala do carro, com um som alto, são capazes de estragarem um lindo dia de praia, somente, pelo fato de esquecerem que a praia é pública, e não saberem se comportar. Educação se aprende em casa, na escola e também na praia.


Vida saudável acima do sol

Ana Paula Borges

A estação mais quente e até a mais querida pelos brasileiros é o verão que logo, é vinculado ao sol, praia, curtição... Mas é a alimentação? A maioria nem se lembra desse quesito tão importante nessa época tão “calorenta”.
A desidratação é comum no verão, devido às pessoas transpiram mais nessa época. Por isso a necessidade de se tomar bastante água e sucos naturais, pois contêm sais minerais que ajudam ao organismo a trabalhar melhor, já que ele é o responsável por equilibrar a temperatura interna do corpo humano que tende aumentar em dias quentes.

Outro problema é a intoxicação alimentar. Devido às pessoas consumirem os produtos que os vendedores ambulantes vendem sem saber a proveniência e de que forma estão armazenados. O queijo coalho, camarão e maionese (utilizada em sanduíches, hambúrgueres, cachorro quente e outros) são os alimentos mais comidos nessa época.

É normal consumir “besteiras”, mais desde que seja de uma forma segura, que se veja o que vai se comer sendo preparado. Também é sempre se hidratar com bebidas que sejam benéficas à saúde.

Verduras, legumes, frutas, água e sucos naturais são as dicas para um verão saudável, sem descuido. Vale as substituições de sorvetes por picolés de frutas, massas por verduras e legumes que não deixam a sensação de mal-estar. O importante nos dias de calor é se sentir bem, por isso nada de exagero em alimentos. Uma ótima dica para os Niteroienses é irem ao restaurante Verdejante que oferece mais de 25 pratos vegetarianos.

Na praia de Piratininga tem a casa Puro Suco que tem uma variedade de sabores. Os banhistas também podem levar biscoitos e outros produtos integrais, que são facilmente encontrados em uma das lojas Mundo Verde. E se o caso for um fast-food, tem a rede Subway que oferece muitas combinações de sanduíches saborosos e o melhor de tudo, natural. Essas são algumas sugestões de como se manter com saúde e energia em Niterói nesse verão.

Um dia na História do Skate

Yuri Salvador Amorim

O sol nasce, a gente olha pela janela e vê aquela maravilhosa praia esperando, o que fazer? Dar uma volta de skate pela orla. Aliás poucos sabem sobre a história deste esporte que movimenta muita gente nessa época do ano.

O skate nasceu nos anos 60 na Califórnia, com a necessidade dos surfistas praticarem o ano todo, eles pegaram as rodinhas dos seus patins e puseram em tábuas de madeira para simular um surfe pelo asfalto, lá estava o skate.

Nos anos 70 inventou-se a rodinha de uretano, que dava mais aderência ao asfalto possibilitando novas “rasgadas” simulando as do surfe, nessa década também hou-ve a invenção da manobra básica do skate, o Ollie-Air por Allan Gelfand. Nessa mesma década um grupo de esqueitistas, chamados de Z-Boys, teve a idéia de andar com seus “carrinhos” em piscinas vazias simulando ondas, nascia ali então outra manobra, o Wallride (andar na parede).

Nos anos 80 dois personagens marcaram o skate mundial, Rodney Mullen e Tony Hawk, esse primeiro revolucionando na parte street com manobras inimagináveis e o outro com saltos sobre a rampa em U ou como chamamos de Half Pipe.

Nos anos 90 foi um brasileiro Bob Burnquist, que simplesmente andava no seu skate com ambas as bases, deixando os juízes sem saber qual seria o lado “certo”, isso lhe rendeu o titulo de campeão mundial no ano de 1991, entre outros.

O skate no Brasil chegou em 1975 pelo nipo-brasileiro Jun Hashimoto, mas só teve um circuito profissional em 1993, realizado pela UBS (União Brasileira de Skate) em 1999 foi fundada em Curitiba a CBSK a Associação Brasileira de Skate, entidade que regulamentava as normas e políticas para o desenvolvimento do skate nacional.

A estrutura do skate, modalidades e manobras

O skate é formado por oito partes, shape (tábua de madeira), rodas, trucks (eixos), amortecedores, mesa, rolamentos e a lixa. O skate tem várias modalidades diferentes, dentre elas estão: Street style, que simula obstáculos que encontramos na cidade, esses como corrimões, escadas, rampas improvisadas, o Brasil tem grandes nomes nessa modalidade como Rodil Ferrugem, Eduardo Sapo entre outros.

O Freestyle, essa modalidade que deu inicio de competição no skate, tem como objetivo fazer várias manobras em sequência num plano liso. Vert ou Vertical, essa modalidade é realizada em uma rampa em Forma de U, onde os competidores realizam manobras de flips (onde o skate gira) como spin (girar segurando o skate) esta modalidade que consagrou o brasileiro Bob Burnquist como campeão mundial diversas vezes e tem como ídolo o lendário Tony Hawk.

O Pool Riding, que consiste em andar com skate em piscinas vazias realizando manobras aéreas e de bordas simulando muitas vezes o surfe.

O Big Air, essa modalidade recente consiste em realizar um salto de uma rampa de proporções gigantescas onde os esqueitistas são lançados a uma altura que pode chegar aos 18 metros, esta mesma foi criada pelo norte americano Danny Way e tem o Bob como grande campeão de várias edições.

Além do Downhill, que caracteriza-se pela utilização de uma ladeira e é uma competição de velocidade, e tem como recorde de velocidade a marca de 129 km por hora e esta marca é do americano Kevin Reimer.

Entende-se um pouco da história do skate, sabendo onde foram inventadas, as modalidades, os componentes, a história dele no Brasil, entre outras coisas, então o que você está esperando para pegar o seu “carrinho” e da um rolê, mas sempre com a proteção para proteger de acidentes, bons “ollies” e “flips“ para todos.

Verão educacional

Andréa Barcelos

Os cursos universitários ganharam um destaque a mais no verão. Cursos de extensão universitários oferecidos a jovens e adultos, que têm como objetivo ampliar seus conhecimentos e aperfeiçoar profissionalmente.

Foi uma ótima opção para aqueles que não viajaramm nas férias, e querem ampliar seu “network” (rede de relacionamento). No final de dezembro até fevereiro e nas férias de julho, com uma curta duração, cerca de 100 horas, existe uma procura muito grande dos que necessitam cada vez mais aprimorar o seu currículo.

O público interessado nesse tipo de curso, habitualmente são universitários que têm como objetivo específico atender um interesse maior pelo assunto. Menor número de alunos, menor duração e temas variados, fazem o diferencial desses tipos de cursos.


Niterói reconquista o sorriso

Samara Flôres

O verão, a estação do ano mais esperada é associada ás férias, descanso e carnaval. Nele ocorrem as mais elevadas temperaturas, por isso a praia é um dos principais destinos para quem quer aproveitar. Milhares de comerciantes lucram nessa época, principalmente os vendedores ambulantes. Blocos de carnaval na beira da praia, dias de muito calor, pessoas querendo se refrescar na água.

Em Niterói não costuma ser diferente. Em período de calor, muitas pessoas viajam, mas quem fica tem como opção as belas praias que a cidade oferece. Porém é nessa época que costumamos ver o lado negativo do verão pois é possível ver muito lixo espalhado. Jornais, garrafas plásticas, bitucas de cigarros, restos de alimentos, latas de alumínio, copos plásticos e cocos são os mais encontrados.

A praia, um dos lugares mais baratos para a diversão, está sendo agredida por turistas, moradores e até mesmo por proprietários de bar localizados na orla marítima . Atos ecologicamente incorretos que podem gerar a diminuição do turismo no local. E mesmo com todas as campanhas de conscientização já feitas, as pessoas continuam praticando esse crime ambiental que atrai cada vez mais ratos e pombos. Atitudes de cidadãos despreocupados com o bem-estar coletivo.

A praia de Jurujuba, por exemplo, é predominantemente ocupada por antigos moradores de uma vila de pescadores, das mais tradicionais do estado. Tendo como foco essa praia, quando o lixo vai para o mar, pode causar uma série de problemas, como a morte de animais marinhos por asfixia que muitas vezes confundem plástico com algas ou águas-vivas. O lixo também pode acabar penetrando na cadeia alimentar, envenenando o ser humano.

A “Cidade Sorriso” vem participando a mais de três anos consecutivos do Dia Mundial de Limpeza do Litoral, querendo proporcionar uma melhora na paisagem e o bem estar dos banhistas. Esse ano a distribuidora de energia Ampla lançou o Projeto Energia na Praia, na praia de Camboinhas. O projeto tem como objetivo a estimulação do recolhimento do lixo. A Ampla montou um posto móvel do programa Consciência EcoAmpla no local, onde os banhistas irão entregar o lixo e poderão trocá-lo por bônus na conta de luz, e por vários outros brindes. A cada semana uma escultura será montada com o lixo recolhido, e ficarão expostos para o público.

 
Festas de verão em Niterói

Andressa Oliveira

Verão, época de calor, agitação, praia e a estação mais propícia para sair. A cidade de Niterói conhece bem esse clima litorâneo. As festas na cidade começaram no dia 26 de dezembro com um show do grupo Exalta Samba, que reuniu muitas pessoas no Rio Cricket, localizado no bairro de Icaraí. Dias depois a animação foi na praia de Icaraí com o desfile do bloco das piranhas como de costume no último dia do ano.

A orla da Praia é a pedida no Reveillon para quem está em Niterói, com queima de fogos e shows. Esse ano a festividade durou dois dias, começando no dia 30 de dezembro.

O mês de janeiro é o oficial do verão com muito calor e badalação. A noite niteroiense é sempre acompanhada de boates e barzinhos com shows diversos, tem para todos os gostos.

O bairro de São Francisco, conhecido também pelos jovens com o apelido de “saco”, foi muito frequentado nessa época do ano, por abrigar barzinhos e boates, e costuma ser o ponto de encontro de muitas pessoas.

A escola de samba, Unidos do Viradouro sempre realiza ensaios e shows em sua quadra, para quem já quer ir curtindo o clima do carnaval uma visita à escola seria uma boa programação.

Com o carnaval em março esse ano, o mês de fevereiro praticamente se igualou a janeiro. No final do mês todos puderam curtir um show no Rio Cricket que mais uma vez reuniu muita gente no embalo de Revelação, Sapukapeta e Ivete Sangalo.

Para fechar o verão o carnaval no começo de março, reuniu blocos e escolas de samba.

Em Niterói no verão sempre há diversas atrações para se curtir, lugares para ir, com o seu clima ajudando. Para não ficar de fora é só acompanhar a programação da cidade e se divertir.


Refúgio de verão

Rafaela Alvarenga

O verão é a estação mais celebrada do ano e é a cara do Brasil. Férias, praia, viagem com a família são os programas preferidos de muitos neste período. A temperatura permanece elevada e os dias são longos para quem deseja aproveitar o que o verão tem de bom. Já outras pessoas buscam o refúgio deste intenso calor, e optam por lugares fechados e com ar condicionado onde possam se refrescar e se divertir.

A procura são pelos shoppings centers, que além de ser um centro comercial que abrange várias lojas e serviços diversificados em um só lugar, oferece também outro atrativo para os freqüentadores, que tem sido a opção dos que desejam fugir do calor. O ar condicionado é o fator principal na escolha de lazer para as famílias.

Além disso, os shoppings proporcionam a sensação de segurança e de abrigo contra as chuvas tropicais, que costumam ter maior ocorrência neste período. Que apesar destas tempestades serem intensas, não interfere na sensação térmica.

Os serviços mais procurados nesta estação são a praça de alimentação e o cinema. Há os que assistem vários filmes em um dia para não sair do frescor da sala do cinema. Isso para os empreendedores é muito bom, pois este período de calor e a desejo de refúgio favorece as vendas dos shoppings, que crescem em níveis superiores aos observados no varejo em geral.

Pensando nisso, as administrações de Shoppings apostaramm e promoveram momentos de lazer e cultura aos cariocas e tornam o mercado de varejo mais rentável e desejável. São investimentos em espaços como uma alternativa de diversão para crianças e adultos, como pontos de alimentação, palco, pista de patinação, entre outros.

Nesta época, há também um alto valor das contas e problemas com fornecimento de energia, o que faz também com que os cariocas apelem para soluções criativas contra o calor e buscam abrigo em lugares tranqüilos e frescos. A opção que muitos estão aderindo é o passeio em Shopping Center.



Férias no Nordeste

Alan da Silva Neves

Férias com esse calor não tem como ficar em Niterói. Férias têm que ser sob o calor do Nordeste. E janeiro sempre me remete a isto, herança dos tempos de infância, quando ia com minha família para Natal, Maceió, Porto Seguro, Salvador, Itacaré. Este ano eu e minha família resolvemos conhecer Porto de Galinhas em Pernambuco. Antes pesquisei sobre o local e descobri que as praias foram eleitas pela décimas vez como as melhores praias do litoral brasileiro.

Mas porque sua praias seriam tão boas? Seu complexo de praias, hotéis, resorts, pousadas e o pólo gastronômico e comercial estão entre os melhores do país. A cidade de Ipojuca, por exemplo, que fica cerca de uma hora da capital Recife vem crescendo gradativamente junto com o turismo. Ela ainda apresenta algumas imperfeições como obras inacabadas e esgotos a céu aberto, mas para uma cidade que já ganhou dez vezes como a melhor praia, já era para o governo ter investido mais em infra-estrutura.

O mais importante entre todos esses aspectos é a magia do lugar, seu povo que tudo faz para receber bem todos que vão conhecer essa linda parte do litoral brasileiro. Outra coisa que faz a diferença são os hotéis. Eu e minha família escolhemos o ENOTEL, de origem portuguesa e que está em Ipojuca há apenas cinco anos. É simplesmente maravilhoso. Seu lado gastronômico é indiscutível, o lazer é a palavra de ordem, com atividades durante todo o dia e para toda a família. Mas para aqueles que não curtem ficar trancados sete dias em um hotel, Porto de Galinhas apresenta inúmeras atividades, desde passeios de caiaque ou jangada pelos mangues, mergulho em suas águas cristalinas, surf e kitesurfe, além de trilhas ecológicas.

Muro Alto e Porto de Suape
Um dos passeios mais requisitados é o de buggy. Pode ser feito por até quatro pessoas em um buggy, de ponta aponta da praia de Muro Alto até a praia de Maracaipe, ou então de ponta ao meio de Muro Alto, até as piscinas naturais presentes no centro da cidade. A praia de Muro Alto tem água clara e quente, as pessoas tocam facilmente a areia para ficarem dentro da água se refrescando. Na praia ainda encontra-se muita diversão com passeios de Banana Boat, Jet Ski, caiaque e mascaras para mergulho.

Praia do Cupe
Seguindo viagem com o buggy paramos no lugar que para mim foi o ponto alto da viagem, as piscinas naturais, um verdadeiro paraíso, uma das coisas mais bonitas que eu vi em toda a minha vida. Chegando ao centro da cidade pegamos uma balsa para irmos até essas piscinas naturais, no caminho eu já comecei a me encantar com a quantidade de peixes que nos seguiam, e ao chegar ao local determinado para mergulho me deparei com uma piscina no meio do mar lotada de peixes. Não dava para acreditar que tinha tanto peixe em nossa volta. As crianças ficaram com um pouco de medo e os adultos fascinados e no meio de tanta beleza, o passeio foi realmente maravilhoso e indico a todos que, quando forem a Porto de Galinhas façam esse passei de buggy.


Expediente
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Universidade Candido Mendes - Curso de Comunicação Social

Reitor
 Candido Mendes

Pró-Reitor de Coordenação e Expansão
Prof. Alexandre Gazé

Diretor do Campus Niterói
 Prof. José Carlos Oliveira

Supervisor de Produção de Jornalismo
Alexandre Gazé Filho

Coordenação do Curso de Comunicação Social
 Karen Calixto

Professor orientador
 Marcos Antonio de Azevedo Monteiro

Professor orientador do planejamento gráfico
 Marcelo Fonseca Alves

Revisor e diagramador
 Carla Barros
(aluna do 4º período do curso de Comunicação Social)

As matérias foram elaboradas pela turma de Redação em Comunicação 2, do Curso de Comunicação Social.

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES NITERÓI




sábado, 9 de outubro de 2010

Candido News Número 11

EDITORIAL

Cidades que crescem cada vez mais, Rio de Janeiro e Niterói tornam-se mais urbanas a cada dia, ambas com um traço característico que é a presença de natureza. O verde é a cor mais presente se espalhando por vários bairros. A multiplicidade cultural também é uma marca destes dois centros. Assim, o Candido News traz neste número 11 algumas matérias que traduzam este universo rico e variado, proporcionando aos alunos do 3º período, mostrarem como veem esta realidade urbana.

Domingo é dia de parque? É, sim, senhor
Dois parques. Nova Iorque e Niterói. Velhas histórias e grandes contrastes

Carla Barros

Domingo é dia de curtir a família, de namorar, de levar o cachorro para passear e de relaxar. E em Nova Iorque ou em Niterói, domingo de sol, tradicionalmente, é dia de ir ao parque, quer seja o Central Park ou o Campo de São Bento, respectivamente.

Apesar de distantes geograficamente, os dois possuem características comuns, como, por exemplo, a área verde no meio do centro urbano, o chafariz central e as velhas histórias com direito a cenas de amor, raiva e amizade; afinal os seres humanos são todos clichês.

Um ícone mundial, o Central Park

O Central Park, localizado em Nova Iorque, é o primeiro parque público dos EUA, sendo o mais visitado da cidade. Surgiu há aproximadamente 150 anos e é considerado, por nova-iorquinos e turistas, como um oásis dentro da cidade grande coexistindo entre os arranha-céus. 

É um lugar onde as pessoas param para relaxar, admirar as paisagens, tomar um sorvete, respirar um pouco de ar puro e diminuir o ritmo frenético de trabalho. É possível sentar-se em um banco para ler o jornal, conversar com os amigos, andar de bicicleta, de barco ou brincar com as crianças, além de oferecer espaços para a prática de esportes variados.

O chafariz, um dos principais recantos (Foto: divulgação)

Com uma área de 3,4 km², possui trilhas diferentes para pedestres, bicicletas e carros com direito a placas e sinais de trânsito espalhados por toda a sua extensão.
Uma lembrança inesquecível é passear de bicicleta ou de carruagem pelo parque por permitir que em pouco tempo se conheça alguns de seus principais recantos.

É impossível não admirar a beleza dos jardins e a lentidão dos barquinhos a remo no lago localizado em frente ao restaurante Boathouse. Após o passeio de barco, vale a pena fazer uma reserva no restaurante para observar esse cenário.

Uma outra opção é fazer piquenique sobre a grama com direito a toalha e cesta de lanches. No calor de 35ºC, algumas pessoas aproveitam para se refrescar usando roupas de praia.

Com 16 pontos turísticos fica difícil dizer o que mais impressiona, mas, sem dúvida, a organização, a segurança e a limpeza são invejáveis. Há câmeras de segurança e policiais por toda parte, tanto que é possível se dar ao luxo de explorar novos caminhos e trilhas pelas florestas, sem medo.

O teatro Shakesperiano entretém crianças, jovens e adultos. Parque, também, é lugar de se aprender.

Mesmo no verão, quando, apesar de acanhado, o sol ferve e ilumina a cidade beirando os 35º C, o verde das árvores e o azul celeste não são tão marcantes como nos trópicos. Tal beleza pode ser vista nos jardins do Campo de São Bento em Niterói, limitado pela Avenida Roberto Silveira, Rua Lopes Trovão, Rua Gavião Peixoto e Rua Domingues de Sá – Icaraí.

O romântico e acolhedor Campo de São Bento

A história do Campo de São Bento tem início no ano de 1697, quando o terreno foi adquirido pelo mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro, que usou as terras para servir de descanso para o gado proveniente de suas fazendas de Campos dos Goitacazes.

Em 1908, o Prefeito Pereira Ferraz concluiu as obras de urbanização seguindo o projeto do belga Arsène Puttemans. Em 1921 foi chamado de Parque Prefeito Ferraz, atualmente, nome oficial do parque que abriga a feira de artesanato, a Biblioteca Infantil Anísio Teixeira e a barraquinha tradicional de empadas à lenha.

O badalar dos sinos da Igreja da Porciúncula de Sant´Anna, antiga capela da fazenda, marca a mudança das horas e das idas e vindas das pessoas durante o domingo no Parque. De manhã cedo, o sentimento de paz, o cheiro de floresta e as senhoras indo para a missa remete a mais bucólica das paisagens. No final da manhã, o parque já não parece tão calmo e aconchegante, todas as barraquinhas já estão arrumadas para mais um dia de feira.

A via principal do parque é tomada por artistas de todos os gêneros, pintores, chefs de cozinha e artesões. A paisagem, agora, é de pluralidade. Característica acentuada às vésperas de eleições onde o parque se torna, palco de propaganda política com a distribuição de panfletos.

O chafariz entre o azul celestial e o verde da floresta (Foto: Carla Barros)
O parque possui paisagismo inspirado no romantismo inglês, adotado no Brasil a partir da segunda metade do século XIX. Dentre seus elementos românticos, destaca-se o coreto, onde, ocasionalmente, ocorrem serestas.

Kátia Caetano, moradora de Niterói desde 2000, diz em entrevista que, frequentemente, vem ao campo de São Bento ver a natureza que ainda resta na cidade, para ter paz e relaxar. Seu local favorito é ao redor do chafariz onde as águas respingam e ela tem a sensação de chuva caindo.
Com certo ar de saudosismo, ela declara: “Trazia muito a minha filha aqui quando ela era pequena para brincar, andar nas carroças puxadas pelos burrinhos e para ler na Biblioteca Estadual Infantil Anísio Teixeira preparada especialmente para agradar as crianças”.

Kátia em mais um domingo no parque (Foto:Carla Barros)
Elba Furley, há 22 anos, todos os finais de semana leva seus trabalhos manuais de tricô e crochê para serem vendidos na Feira de Artesanato; sua irmã Haydé Furley, companheira de vida, ocupa a barraquinha ao lado. Falando sobre a vida e o trabalho no parque, ela já vivenciou inúmeras histórias. Ao final da entrevista, ela afirma "Aqui é só alegria, não há histórias tristes. Mesmo que eu não venda nada, pelo menos me divirto na praça”.

O niteroiense pode também esnobar como fez Gonçalves Dias em Canção do Exílio quando diz ”Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores.” Não existe mesmo um céu, um verde e um calor humano tão aconchegante como o que se pode experimentar num domingo no parque Prefeito Ferraz.

Contudo fica para a conclusão a maior das lições: O verde daqui tem mais amores, mas o verde lá oferece mais segurança e organização.


O renascimento do cinema no Rio de Janeiro

Vinícius Damazio

Agora, finalmente as salas de cinema podem “respirar aliviadas” e aproveitar a boa fase que o circuito passa na cidade. Após a decadência do fim dos anos 80 e o quase abandono nos anos 90, o cinema carioca finalmente se restabelece.

A má fase começou nos anos 80. A crise econômica atingiu o país em cheio, faltando dinheiro tanto para que o consumidor brasileiro fosse ao cinema quanto para produzir filmes.  A produção cai vertiginosamente, sendo boa parte dela dedicadas ao sexo explícito. Por mais que tenha surgido uma nova geração de cineastas – como Sérgio Bianchi, Hermano Penna e André Klotzel – a massa não é atingida, se limitando a assistir os filmes exibidos nos então novos Domingo Maior e Tela Quente, programas da TV Globo, em ascensão meteórica na década.

Durante o governo Fernando Collor, a Embrafilme, o Concine e a Fundação do Cinema Brasileiro foram confiscados, sendo extintos até os órgãos responsáveis por produzir estatísticas. Pouco a pouco as salas foram sendo desativadas. Viraram bingos, centros comerciais, estacionamentos, igrejas evangélicas. Mesmo os cinemas de shopping centers foram fechados.

Tudo parecia perdido até meados dessa década. O clássico Cine Palácio já havia sido fechado uma vez, retornou com preços populares (ingressos por R$ 1,00 nos dias de semana) e mesmo assim fechou novamente. No entanto, o cinema renasceu no Rio de Janeiro.

Novos públicos lotam as salas

O aparecimento de franquias de apelo infanto-juvenil como as séries Harry Potter e Senhor dos Anéis ou mesmo os muitos filmes de animação 3D levaram uma nova geração às então esquecidas salas cariocas. Os cinemas se tornaram sinônimos de shopping centers. A filmagem de diversas HQs como Batman garantiram o público adolescente.

Alguns filmes lançados no início do novo século, com uma temática atual e apelativa, alcançaram perspectivas de carreira internacional. Cidade de Deus, Carandiru e Tropa de Elite foram premiados em outros países. A visibilidade internacional tornou ir às salas de cinema um fator cultural bem visto. Assim, frequentar cinemas como o Odeon Petrobras e principalmente as salas do Grupo Estação passaram a ser símbolo de status e acesso à alta cultura.

O Grupo Estação é dono de uma série de salas pela cidade. Duas luxuosas, o Estação Vivo Gávea e o “palácio cinematográfico” Cine Odeon, o último dos grandes cinemas construído na Cinelândia. Todas as outras salas são médias ou pequenas, beirando o limite de vinte poltronas numa das salas do Estação Botafogo (o primeiro cinema fundado pelo grupo). A programação das salas é organizada da seguinte forma: um filme maior e popular garante a venda de ingressos enquanto as outras salas são dominadas por filmes fora do mainstream. O caráter cult garantiu às salas do Estação um público diferente, que consome tudo que esses cinemas oferecem. As lojas e cafés dentro dos prédios e os filmes de arte exibidos tornaram os cinemas Estação em points, onde é comum ver mais de um filme, muitas vezes filmes que não se faz nem ideia do que tratam. Geralmente, as salas estão acopladas a vídeo locadoras especializadas em filmes cult, ateliês culinários, livrarias ou lojas com todo tipo de “memorabília” cinematográfica. São oferecidos cursos oficinas e eventos sobre a “sétima arte”.

Diversos festivais estão pela cidade. O Festival do Rio exibiu em 2007 trezentos filmes, brasileiros e estrangeiros de 30 países. Também foi criado pelo Grupo Estação, que fora o festival anual, também faz diversas mostras quase mensalmente.

A situação melhorou tanto que as mostras não se limitam a diretores conhecidos ou filmes clássicos. Filmes poloneses, e pérolas do cinema iraniano são recebidas com festejo. Mesmo temas com público-alvo restrito como filmes GLBT tem lotação garantida. Ir ao cinema voltou a ser bem visto.

 Missão quase impossível

Bruno Silva Cardoso

Mesmo jogo, personagens diferentes. Todos os anos o calvário dos candidatos a motoristas continua. Tudo isso graças a preços exorbitantes, condições adversas, falhas de comunicação e falta de critério (criticas que valem tanto para o DETRAN, quanto para as auto-escolas). São poucos os sortudos que podem dizer que passaram por essa Via Dolorosa sem ter nenhum tipo de “stress”. Já na tentativa de se cadastrar para poder entrar em uma auto-escola, os congestionamentos nas linhas do DETRAN causam as primeiras rugas, enquanto aqueles que já passaram por esta fase conhecem os primeiros cabelos brancos, graças ao medo de perder suas aulas por motivos desconhecidos, mas frequentes. 

Um problema curioso é a falta de sincronia entre os livros didáticos, os DVDs, o que é dito pelos professores e o que se faz ao volante. Em três ou quatro situações podem ser notadas estas diferenças, o que seria engraçado se não estivessem em jogo centenas de reais.


Os locais das provas finais não causam sentimentos muito melhores nos candidatos, afinal, esperar até três horas, em pé ou em uma calçada, até dirigir um carro sem saber se dependerá do humor de seu inspetor para passar, não é a melhor experiência do mundo.

Parece o fim das dores de cabeça quando os aprendizes de motoristas passam pelas aulas chatas, os sistemas não testados do DETRAN, e os locais de prova com comida de qualidade duvidosa. Porém ainda falta mais uma prova a passar.

Após conquistar a carteira de habilitação, os novos motoristas devem superar o medo de ter que recomeçar do zero. Isso tudo porque a carteira é provisória por um ano e por qualquer pequena falha, ela pode ser caçada e tornar o motorista aluno outra vez. Um sistema cruel

Durante um ano ficar com medo de dirigir, após um ano para conquistar este direito é algo que chega a ser quase malvado. Até porque os antigos motoristas pouco sofrem pelos seus erros por causa da frouxidão do sistema para aqueles com a carteira permanente.

É preciso tornar a lei mais rígida e ao mesmo tempo mais justa, para que certas disparidades e injustiças não aconteçam mais. Além disso é necessário rever como se tratam os futuros motoristas, pois dirigir é algo prazeroso, mas sério. Afinal vidas podem estar em jogo, e para elas estarem protegidas precisam primeiro ser bem tratadas e bem orientadas. 

A maior fidelidade

Gabriela Conti

“Maracanã lotado!” é uma frase que soa bem normal aos ouvidos de todos os cariocas que acompanham ou não aos jogos de futebol. O futebol faz parte da cultura brasileira, e talvez por isso já deixou de ser considerado um simples jogo.

No dicionário encontra-se ‘jogo’ com a seguinte definição: “Ação de jogar, brincadeira, divertimento”, mas na vida real o futebol não é encarado apenas como uma brincadeira. Virou mania nacional, identidade, coisa séria.

Ainda dentro do conceito, os brasileiros são bem acostumados a “bater uma bolinha”, “jogar uma pelada”, com dias marcados, amigos combinados e campinhos improvisados. Se houver um tempo extra na agenda, uma trave de cada lado e uma bola rolando, certamente haverá um jogo entre craques caseiros.

Não é difícil de encontrar pessoas usando camisas de seus clubes preferidos como traje de passeio e criancinhas que mal aprenderam a andar, correndo atrás da bola, o futebol é algo muito natural na vida de todo brasileiro. “Sou Flamengo desde criancinha” é o titulo de uma comunidade no Orkut com mais de 60 mil membros, o hino do clube representa em uma de suas frases toda a fidelidade que o torcedor tem pelo time : “Uma vez Flamengo,Flamengo até morrer...”

Mas óbvio que a fidelidade ao clube para o qual se torce não é característica rubro-negra. Todos os times têm seus torcedores fanáticos, muitos não tratam outros assuntos importantes da vida com tanta fidelidade como se trata o time de coração.

O futebol reúne devotos, fiéis e amantes. Remete as pessoas aos mais diversos sentimentos e ao extremo de todos eles. Futebol é cultura, e cultura é arte.

Como o futebol chegou ao Brasil

O futebol é oriundo da Inglaterra, apesar de sua popularidade no país (talvez onde o esporte seja quase tão popular quanto no Brasil), foi no Brasil que o futebol ganhou fama e arte. No ano de 1894 o paulista Charles Miller trouxe de uma viagem à Inglaterra duas bolas de futebol. O futebol chegou ao Brasil como um esporte elitista, só os brancos podiam jogar como profissionais, dado o fato da maioria dos primeiros clubes terem sido fundados por estrangeiros.

Em jogo contra o seu ex-clube, o América, o mulato Carlos Alberto, no Campeonato Carioca de 1914, por conta própria, chegou a cobrir-se com pó-de-arroz para que parecesse branco, mas com o decorrer da partida, o suor cobriu a maquiagem de pó-de-arroz e a farsa foi desfeita. A torcida do América, que o conhecia pois ele tinha sido um dos jogadores que saíram do clube na cisão interna de 1914, tendo sido campeão carioca em 1913; começou a persegui-lo e a gritar "pó-de-arroz", apelido que foi absorvido pela torcida do Fluminense, que passou a jogar pó-de-arroz e talco à entrada de seu time em campo.

Nos anos 20, os negros começaram a ser aceitos em outros clubes. O Vasco foi o primeiro dos clubes grandes a vencer títulos com uma equipe repleta de jogadores negros e pobres. Durante os governos de Vargas (principalmente) foi feito um grande esforço para alavancar o futebol no país. A construção do Maracanã e a Copa do Mundo do Brasil (1950), por exemplo, foram na Era Vargas. A vitória no Mundial de 1958, com um time comandado pelos negros Didi e Pelé, pelo mulato Garrincha e pelo capitão paulista Bellini, ratificou o futebol como elemento da identificação nacional, já que reúne pessoas de todas as cores, condições sociais, credos e diferentes regiões do país.

O futebol carioca

O Futebol carioca é um dos mais populares do Brasil. Os clubes “carismáticos” do Estado chamam atenção do mundo todo. A cidade do Rio de Janeiro constitui-se num dos principais centros do futebol brasileiro. Durante o período em que, devido às dimensões continentais do país, ainda não existia um campeonato nacional de clubes, formaram-se tradições e profundas rivalidades “clubísticas” locais. Tudo isso explica o prestígio do Campeonato Estadual - que, por tradição, ainda chamam de Campeonato Carioca. O Maracanã detém todos os recordes mundiais de público. Neste palco, onde já foram disputadas uma final de Copa do Mundo e inúmeras competições internacionais, desenrolam-se os grandes clássicos do futebol carioca. O futebol foi introduzido no Rio por Oscar Cox em 1901. Por sua iniciativa, foi realizada a primeira partida de futebol, entre brasileiros e membros da colônia inglesa residentes no Rio, que terminou empatada em 1 a 1. O jogo foi realizado em 1 de agosto de 1901, no campo do Rio Cricket And Athletic Association, em Niterói, com público de apenas 15 pessoas. No ano seguinte, foi fundado o Fluminense Futebol Clube, o primeiro clube carioca de futebol. Existem rivalidades acirradas entre Flamengo, Vasco, Fluminense e Botafogo, os quatro mais populares clubes cariocas. Praticamente todas as decisões dos títulos estaduais envolveram pelo menos um deles.

Cultura Urbana – Artes Plásticas no Rio de Janeiro

Cláudia Araújo Macêdo

O movimento artístico no Rio de Janeiro não possui a força que supostamente deveria ter. Embora as artes plásticas não se restrinjam a museus, os cariocas não têm outra oportunidade de acessá-las. Isto limita o crescimento da cena no Estado, considerada ínfima quando comparada à paulista. Museus como o MAC, o MAM e o Museu Nacional de Belas Artes permitem que a arte carioca chegue ao conhecimento do público, mas este se restringe a pessoas com maior poder aquisitivo e estudantes da área.

MAC – O Incentivador da Arte Atual

O Museu de Arte Contemporânea de Niterói está localizado sobre o mirante da Boa Viagem, no bairro do Ingá. Foi projetado por Oscar Niemeyer e é um dos principais cartões-postais da cidade.

Destinado principalmente a obras de arte contemporânea, o MAC apresenta desde artes abstratas até retratos da ilusão da Monarquia Brasileira. O museu ainda conta com atividades educacionais chamadas de “Desafios Comunicativos da Arte Contemporânea”, com o intuito de incentivar a produção artística atual.

MAM – Palco da Vanguarda Brasileira

O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro é uma das mais importantes instituições culturais do Brasil. É uma organização particular sem fins lucrativos, fruto do contexto cultural e econômico que o Brasil vivenciou no segundo pós-guerra, em que se observou a diversificação dos equipamentos culturais deste país, a aquisição de um valioso patrimônio artístico e a assimilação das correntes artísticas modernas.

Palco de acontecimentos de relevância na vanguarda artística, o museu amealhou ao longo de sua história uma coleção de arte moderna representativa - a maior parte, entretanto, perdida no trágico incêndio de 1978. Conserva hoje aproximadamente 11 mil objetos, grande parte proveniente da Coleção Gilberto Chateaubriand, depositada em regime de comodato no museu em 1993.

Museu Nacional de Belas Artes

Com uma coleção de cerca de 16 mil peças, o Museu Nacional de Belas Artes apresenta-se como o principal museu de arte brasileira, no que diz respeito à produção do século XIX, não dando muito espaço a arte atual.

Enriquecida ao longo dos anos com importantes aquisições e doações, atualmente sua coleção abarca pintura, escultura, desenho, gravura de artistas nacionais e estrangeiros, além de significativa coleção de arte popular brasileira, africana, decorativa, medalhas e mobiliário. Do conjunto de obras, 80% é constituído por obras sobre papel.

Tortura psicológica

 Ricardo Lima

Hoje é muito comum se  deparar com algum tipo de violência psicológica, que por muitas vezes chega até ser mais prejudicial que a física, e é caracterizada pela rejeição, depreciação, discriminação, humilhação, desrespeito e punições exageradas.

Ao contrário da física, a violência psicologia não deixa marcas visíveis, mas sim uma série de problemas emocionais, que na maioria das vezes, o ser humano carrega por toda vida. Existem vários formas de cometer esse crime, visando o lado psicológico da vítima fazendo com que ela se disponha a fazer todas as suas necessidades emocionais, ou até mesmo a agressão dissimulada, fazendo com que a vitima se sinta inferior, sem defesa.
 
Um exemplo claro deste tipo de violência, hoje, é o chamado Bullying, principalmente entre crianças e adolescentes. Quando pessoas usam a força física e emocional para invadir a integridade física e psicológica da vitima. Humilhando, perseguindo, não dando atenção, menosprezando. Fatores que acarretam em uma série de complicações, onde a criança se sente escrava e amedrontada pelos seus próprios colegas. Gerando uma fobia em seu ambiente, prejudicando a vida particular, os estudos, a interação com outras pessoas e criando sérios distúrbios. É um tipo de violência muito visto em grandes cidades, por negligência de pais e coordenadores de escolas.
 
No âmbito universitário  não é raro se deparar com retração de alunos por algum tipo de violência. Muitas vezes a falta de dinheiro ocasiona sérios problemas, a timidez, a ausência de um orientador capacitado. Tudo faz com que a vitima se sinta ainda mais inferior e ocasionando o travamento intelectual.
 
Pessoas sensíveis são as mais vulneráveis a esse tipo de violência, principalmente mulheres, que ainda se sentem obrigadas a se dispor a seus maridos a todos os desejos, não fazendo valer a sua própria opinião, deixando o seu caráter e personalidade de lado, se acomodando e esquecendo do amor próprio.

Todos esses fatores levam a um só estado emocional chamado depressão. Que vai alem do controle emocional, chegando a ser uma doença e que se não cuidada com uma devida cautela pode ocasionar até a morte.

Para concluir, a violência psicológica pode estar em todo e qualquer lugar, em um simples gesto, palavra ou expressão dada em sua indevida hora. Deve-se cobrar mais da capacitação dos professores, mais atenção dos pais e familiares e principalmente mais respeito vindo de toda a sociedade. Abrir espaço para conversas, palestras, criar um ambiente agradável para que seu filho se sinta a vontade em se abrir e sentir-se mais seguro. Com essas atitudes com certeza a violência psicológica cairá em termos significantes, aumentando a autoconfiança e a auto-estima de todos.


“Urbanização Cultural” em Niterói
    Camboinhas ganha status de praia familiar    

Evelyn Mota

Localizada entre as duas maiores bacias de petróleo e gás natural do Brasil, Niterói, parece não tirar os olhos de uma das suas praias. É em Camboinhas que nota-se uma intensa movimentação de pessoas que caminham pela calçada. Elas caminham com seus filhos e cães no calçadão da praia, desfrutando da bela paisagem. Todos os dias, moradores do bairro de Camboinhas acordam pela manhã e passeiam pela orla, fazendo exercícios e aproveitando para se banhar nas águas esverdeadas.

Urbanização da Praia

Durante a semana, o movimento pela calçada de Camboinhas é menor, mas muitos moradores da região preferem fazer seus exercícios físicos na praia antes de sair para trabalhar, o que faz com que a orla pareça mais movimentada.

Nos finais de semana, a praia ganha “status” de praia familiar, onde as famílias se encontram e aproveitam não só o calçadão, como os quiosques que vendem petiscos frescos e o belo mar de águas esverdeadas.

A caminhada no calçadão se torna um lazer entre moradores da região
A praia chama a atenção de turistas, não só pelos seus bonitos casarões debruçados na areia, mas também por uma comunidade de índios Tupi Guaranis que residem nas dunas da praia e comercializam seus criativos artesanatos.

Para conhecer a comunidade dos tupis guaranis, turistas e moradores precisam comprar pelo menos um artesanato feito pelos índios

Camboinhas, além da praia fenomenal, também faz parte de um contexto de cultura urbanizada. Ali, algumas pessoas aproveitam o momento de lazer, mas muitos fazem desse ambiente de lazer, um local de trabalho. Quem trabalha nos quiosques e na areia, conta com o movimento freqüente da praia, já que a maioria é diarista e ganha seu salário de acordo com a circulação de pessoas, que na maior parte das vezes param para comer peixe no quiosque, tomar cerveja com os amigos e depois do banho de mar, aproveitam para comprar os artesanatos que são vendidos na areia.      

Dessa forma a praia de Camboinhas reúne lazer, cultura e urbanização, gerando um aumento no lucro econômico da localidade e assim levando mais oportunidade de tarefas para aqueles que de alguma forma precisam transformar o simples lazer em recursos financeiros.

Os índios Tupis Guaranis transformaram sua comunidade de ocas em um local cultural, onde os turistas podem visitá-los e conhecer de perto como foi feita a construção desse movimento nas dunas da praia.


EXPEDIENTE

Universidade Candido Mendes - Curso de Comunicação Social

Reitor: Candido Mendes
Pró-Reitor de Coordenação e Expansão: Prof. Alexandre Gazé
Diretor do Campus Niterói: Prof. José Carlos Oliveira
Supervisor de Produção de Jornalismo Alexandre Gazé Filho
Coordenação do Curso de Com. Social: Karen Calixto
Professor Orientador: Marcos Antonio de Azevedo Monteiro
Orientador do Planejamento Gráfico: Marcelo Fonseca Alves
Diagramador: Carla Barros (aluna do 3º período do curso de Com.Social)

As matérias foram elaboradas pela turma de Redação em Comunicação 2, do Curso de Comunicação Social 


UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES NITERÓI.